Recreio

Por -
As mãos suadas de tanto esperar
pra ver seu rosto só mais uma vez
fazer meu dia lento então valer
o arrependimento de acordar
se tem matéria nova, eu nem vi
marcaram prova, eu nem anotei
minha atenção é pro relógio que
fica lá atrás como se a vigiar
nossa tensão em pedir pra sair.

Silêncio falso qual combinação
ninguém se importa com o professor
que da matéria sem ninguém pedir
a matemática que eu aprendi
me diz que faltam cinco pra acabar
de química eu só sei o que é amor
geografia foi quem me ensinou
que se algum dia eu vir a me perder
devo seguir o norte e meu norte
é você.

Já era hora quando eu reparei
foi a sirene que me alertou
corri depressa como um velocista
desci as escadas e o corredor
e no segundo que a gente avista
a distancia separa e o coração dispara
O seu olhar quando me acerta em cheio
é a única razão de eu descer pro
recreio.









Comentários

  1. Davi Monticelli6 de maio de 2016 às 21:36

    bela

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  2. Anônimo7 de maio de 2016 às 19:29

    Que bela poesia, David! Garota de sorte :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. David Haddad9 de maio de 2016 às 11:37

      Brigado. Mas isso foi há muito tempo, numa galáxia distante, com pessoas que acredito que nem existem mais...

      Excluir
    2. Anônimo9 de maio de 2016 às 22:04

      Poxa, que pena. Já estava tentando te escrever uma poesia te chamando pra sair achando que tinha alguma possibilidade de ser eu. :/

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  3. Anônimo16 de maio de 2016 às 21:37

    Talvez seja esse o lado positivo do anonimato, você "é" sem nunca ter sido. Ou melhor, você "é" na essência mas não "é" para o mundo. Você sabe quem de fato é? o mundo sabe de fato quem você é? (o mundo não precisa saber quem somos, ele só é um conjunto vazio de pessoas vazias em vidas vazias).
    Vez enquanto é bom ser desconhecido, você admira sem que nem te conheçam e é admirado por quem não faz ideia.
    Talvez, pois é, talvez. Talvez seja esse o lado positivo de não saberem quem você é de verdade. Dedicar seu versos - que poderão nunca ser lidos por quem mais deveria - guardados por tanto tempo naquele caderninho amarelado pelo tempo.
    Sabe, o caderninho do fundo da gaveta vive mais do que qualquer um de nós, fãs silenciosos. Ele "está", ele "é". Ele permanecesse até que alguém que queira "ser" o procure.
    Talvez você precise fazer valer seus versos e deixar que te vejam, deixar que abram a sua essência e te valorizem por isso.
    Beijos (:

    ResponderExcluir
  4. Paula22 de maio de 2016 às 22:24

    Linda!

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  5. Paula22 de maio de 2016 às 22:25

    Este comentário foi removido pelo autor.

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