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Mostrando postagens de junho, 2016

Limites

Eu preciso de um balde água fria, se posso escolher de um soco que tire uns dentes forte, no maxilar de um acordar diferente eu preciso de alguém que me deixe eu preciso de um novo convite de errar e me arrepender. eu preciso de um ensinamento pra lidar com a minha moral de um código de conduta acima do bem ou do mal algo que me tire a culpa um livro filosofal de aprender na força bruta que a vida possui limites que eu tenho  que entender.

Perspectiva

"Peças de qualidade duvidosa são vendidas a preço de ouro para madames de qualidade duvidosa" As pessoas não sabem o que fazer com dinheiro, ela disse O que você faria, perguntei Não tenho dinheiro, então não tenho como saber o que faria, ela disse Talvez se você tivesse continuasse sem saber o que fazer, assim como as madames.  Não. Roubei três noite passada e a qualidade é mesmo duvidosa. Três peças? Não, Madames. Choraram como porcos e não tiveram nem a decência de me olhar nos olhos. Esse tipo de gente é engraçada. Eles andam por aí sem a menor percepção da nossa existência, cheios de pose. Não se dão conta dos problemas da vida, aliás, preferem não saber, como se estivessem sob algum encanto ou anestesiados por alguma droga. Mas quando a violência os obriga a confrontar de frente o mundo, aí sim, eles não tem nenhuma decência. Deixam o catarro escorrer pelas narinas pedindo misericórdia e piedade. Eu tenho medo e admiração pelo seu ódi

Semântica

O mundo caminha para a subjetividade e caminha a passos bem largos é incrível como as coisas já não dizem o que querem dizer. As palavras que fui ensinado polidas, desde menino apuradas e posicionadas até nas atrocidades. Agora depende da mente, da cabeça de fulano que veio de lugar diferente e carrega em sua maleta várias roupas encardidas chamadas de "interpretação" Chegamos a um ponto crítico. Acho que a sociedade descomplicou! Se antes perdíamos tempo tentando entender poesia Agora as nossas conversas, infelizmente, nas meses de bar são debates intermináveis sobre a ofensa nos vocativos. Ora David, não seja ingênuo a humanidade progrediu! Nos tornamos, Todos e Todas professores de português.

Debaixo da pele

Há muito tempo não ganho um presente devo ter me tornado uma pessoa pior já fui tão presenteado, presenteável o que será que aconteceu comigo? Eu parei de confabular  e parei de me dissolver e de expor em quadros meu sofrimento e acho que parei de ter graça. A sociedade condena o telejornal mas se mantém atenta as barbaridades como uma válvula de acesso aquilo que ainda nos faz humanos. Estamos tão embriagados pela ideia do conforto que só nos lembrados de quem somos quando olhamos a carne viva, pulsante, sangrenta. Acho que parar de sofrer me tornou menos humano nessa nuvem de conforto. Acho que as pessoas têm saudade da humanidade.