Do assento de onde te olho eu imito teus gestos de longe e enceno minha vida em teu corpo pra saber se teria a coragem de acordar com o peso do mundo pendurado e largado nos ombros de aguentar as derrotas constantes e as vitórias em mundos distantes. As verrugas tomando o espaço ocupando a imagem de outrora mitigando os sonhos de ontem e "as preces que nos desapontem, já rompi com essa nossa senhora" o suor dando as margens da face o cansaço que não vai embora Eu queria pegar em punhados esses pesos que tens em seus dedos levantar com a força de um jovem e quem sabe servir de acalento ao fazer algum sonho possível, estampar nosso nome em um pódio por alguma vitória invisível Mas me vejo em camisa de força e percebo a minha impotência me recolho e me encontro sozinho no entolho de minha existência e entendo que era ingênuo "ó maldita e insana inocência" te dar tão almejado sustento é tirar tudo que me sustenta. Obrigado.