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O profeta do desastre

Um tanto quanto distante daqui mas perto nos tempos de outrora tem uma cidadezinha que por coincidência ou imprudência minha dei o nome de Vitória Me falha um pouco a memória mas em cores do passado vejo a cidadezinha que por coincidência ou imprudência minha habitava o desabitado E no centro do meio do nada uma pérola em tempos de outrora Vitória, ali cravejada pulsava em seu ar sufocante carregado de terra barrosa um peso desconcertante É que nas manhã de seus domingos mais calmos que os já calmos domingos uma homem, magro como a fome do qual não me lembro o nome mas nunca esqueci a face armava seu estandarte E nele ficava de pé olhando para o horizonte durante uns 30 minutos sem pressa e sem plateia ouvia o som do silêncio organizava ideias Até que como em compêndio em suntuoso discurso sua voz estridente em formato de repente anunciava suas virtudes seu dotes tão absurdos "Eu sou o novo profeta e daqui do meio do mundo prevejo os no