Deixo aqui nesta mesinha, na folha em branco de recados, minha desculpa por não vir mais frequentar este ambiente. Confesso que tenho me forçado, de maneira improdutiva e contra producente, a tentar dar uma chance ao que outrora pensei ter talento para fazer, sem sucesso. Há meses, quase ano, que não sai de mim absolutamente nada que me agrada, que me encanta, que eu passo dias repetindo e que me da vontade de contar, recitar para as pessoas que eu confio, coisa que muito já fiz. Sou muito orgulhoso disso aqui. Acho que, se posso dizer, é o que fiz que me deu mais orgulho nesses breves vinte e três anos de minha existência. Escrevo desde que me conheço, escrevo aqui desde os meus dezesseis anos, mas parece que já não escrevo mais. Talvez eu tenha espremido tudo que havia para tirar ou talvez eu tenha me tornado menos, bem menos do que eu esperava quando tudo isso começou. Eu sei reconhecer meus momentos, o começo, a melhora, meu ápice. Por que não haveria de saber reconhecer o fim? T