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Mostrando postagens de abril, 2015

Poesia da prevenção

Navegar contra a corrente Como disse meu amigo É perda não só de tempo Mas também de energia Se o mar para mim virasse O que já não acredito Estaria tão cansado Que até desistiria E mesmo estando em seus braços Eu enxergo os teus anseios E sinto um tom incompleto Em cada palavra nociva Por que nos tornamos reféns Desse romance discreto? Pra provar que estamos certos Ou pra ver Como seria?

Lobotomia

Quando a última chance de fugir do meu delírio se aproxima, e se debruça sobre o meu dia a dia parece que a ansiedade antes então, pequenina escolhe tomar minhas tardes de maneira violenta. Eu entendo o meu medo de encarar toda loucura que parece estar a porta espiando pelas frestas salivando o meu cansaço com os olhos a janela pressionando a fechadura para ver quando arrebenta E eu me apego ao que tenho mero fio de esperança tão descrente, minha senhora quanto um ente terminal paciente da melhora um tanto sem paciência pra prever se sobra alguma resistência emocional E caminho lentamente em direção a loucura só pra ver se no caminho recupero a consciência quem sabe nesse intento nesses últimos momentos eu encontre o que se busca nessa busca  pessoal. 

Detentor

Nunca fui proprietário Das coisas que desejei Posseiro,  em comodato Pela bondade de alguém Exerci em.nome próprio mas não tenho testemunha Pra comprovar que era fatico Os dias que te habitei E um outro então chegou Para reinvindicar Alegando que era dono Dos locais que "invadi" E eu fiquei desabitado Sem ação, insatisfeito Porque pelo seu direito Fui entao, ignorado.

Do que me move

Não me leve a mal eu te peço, por favor nem eu sei o que eu temo e essa andança, nem me lembro como é que começou Não me leve muito a sério e se achar, que mesmo assim a uma dose de veneno é possível resistir quando eu for pra bem longe me esconder das consequências leve em conta as aparências foi o medo, sim o medo que me trouxe até aqui.