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Mostrando postagens de maio, 2011

Liras e lendas.

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Disse a meu peito, a meu pobre peito: - Não te contentas com um só amante? Pois tu não vês que êste mudar constante Gasta em desejos o prazer do amor? Êle respondeu: - Não! não me contento; Não me contento com um só amante. Pois tu não vês que êste mudar constante Empresta aos gozos um melhor sabor? Disse a meu peito, a me pobre peito: - Não te contentas desta dor errante? Pois tu não vês que êste mudar constante A cada passo só nos traz a dor? Êle respondeu: - Não! não me contento, Não me contento desta dor errante... Pois tu não vês que êste mudar constante Empresta às mágoas um melhor sabor? Alfred du Musset (tradução do gigante e talvez o maior de todos, Castro Alves)

Ágape

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Falar de amor é interessante. São vários poemas, vários poetas, muitas vertentes, muitos profetas, mas o amor assim é o mesmo, aquele que move os joelhos, que encanta de novo os meninos, não sai de moda, não sai de estação, o amor é sempre amável, são os amantes que deixam de amar.

Palavra-cruzada

Aprender Definitivamente essa é a palavra desse ano, e não digo isso porque estou no terceiro ano, não, digo realmente porque estou tirando esse ano pra re-avaliar, re-desenhar e até testar tudo que aprendi até aqui, afinal, a adolescência é ou não é uma fase de experimentação Certamente, posso dizer que as coisas caminharam de forma bem estranha até agora, sinteticamente falando meus últimos anos foram de uma inconstancia assutadora, talvez porque eu seja uma cara inconstante, talvez porque simplesmente eu tenho escolhido caminhos sempre diferentes e entrado nas casas com menos flores no jardim. O mais interessante é que eu nunca tive medo da mudança, muito pelo contrário, sempre fui extremamente interessado pela metamorfose do cotidiano, variabilidade de pensamentos, flexibilidade de opiniões. Pra ser o mais honesto possível, eu sou completamente por essa palavra, "mudança", é uma qualidade apenas dos seres isentos da escolha obrigatória do instinto, aliás, como já dizia o

A Vizinhança

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Os tremas da casa do vizinho assustam e até impressionam os olhos das inocentes crianças que vagam pela vizinhança São os tremas da casa do vizinho que acordam de noite os casais que despertam a insônia dos cães afugentam assim os ladrões Os tremas da casa do vizinho já não existem mais, não habitam mais não incomodam mais Os tremas da casa do vizinho por não serem entendidos foram então assassinados em prol do conforto alheio.