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Mostrando postagens de março, 2015

Impressão

Foi ontem que olhei para cima pra ver se chovia um pouco talvez desejando com força caísse uma gota qualquer na testa, agradeceria quem sabe esfriasse a cabeça faz tempo dos dias tranquilos nem lembro daqueles amigos Eu olho a fotografia e indago se o tempo de ontem foi mesmo melhor que o presente ou se hoje o que a gente sente é escolha, e não emoção É tanto que naquele dia me lembro de estar tão pra baixo mas era, naquele retrato de todos, o mais sorridente.

Daquele que foi.

O meu corpo já não aguenta essa auto-destruição nem a forma como eu ando me portando por aí tragando cigarros velhos pulando de um vício pro outro tentando apagar esse fogo que insiste não desistir. E me  parece que os limites ficaram perdidos no tempo e em cada dose maldita decreto a minha derrota será que é hora de ir deixando de lado o tormento? Assim me abandono aqui sentindo saudades de mim.

Dia Nacional da Poesia

Em comemoração a esse dia que acho que estamos, com esse blog, qualificados a celebrar, e também pela minha recente seca na produção de novos poemas, vim publicar aqui uma lista com as minhas poesias preferidas (no meu humor de hoje) que eu ja escrevi(e explicar o porque disso), pinçadas a cada ano, pra direcionar as pessoas quando começarem a ler o blog, e também nortea-los naquilo que eu acredito que esteja bem escrito. Então, vamos lá: A falta (2011)  Na verdade, tinha  a intenção de ser um Hai Kai, como os outros que eu escrevia no meu caderno quando cursava ainda pré-vestibular, mas, acabou aumentando, e se tornando por anos a minha poesia preferida, estando hoje emoldurada na parede do meu quarto. Avenida eu (2012) Essa talvez seja a minha poesia preferida até hoje, pelo momento que fora escrita, pela metáfora, pela analogia que eu tentei reproduzir e onde acho que fui bem sucedido, pela melancolia e a esperança de uma vida melhor. Inverno(2013) A única poesia que eu já

Golpe de vista

Num golpe de vista que eu me salvei me poupei de olhar quando te vi ali de mãos tão atadas com um outro alguém tão entrelaçadas que não entendi se até o dia então era eu o motivo fresco do seu acordar e quando deitava para adormecer a matéria prima do imaginar. E agora eu  que ando por aí num andar mendigo de tanto sofrer o rosto marcado de lacrimejar o sorriso largo para esconder mas se me permito olhar para crer encontrar em outra um interessar eu me surpreendo com o meu querer só vejo você  em todo lugar..

Satisfação

Num belo dia ouvi dizer que tudo que é desejado porém, não satisfeito fica no peito guardado Que o desejo ardente quando não realizado deixa marcas, cicatrizes naqueles desavisados Sofremos de um mal congênito e vivo-o intensamente desejo só o que não tenho e o que tenho, de repente Se torna tão ordinário e logo me encontro carente até o mais novo desejo vir permear minha mente.

Nostalgia

Eu fiquei desconsolado quando tudo acabou vendo coisas de um passado que agora já passou E tudo que eu tinha amado de repente virou dor coração dilacerado e a rotina sem sabor. Os programas na televisão as matérias nos jornais o que é certo ou errado acho que eu nem ligo mais Vivo em campo minado sem saber a direção bombas caem ao meu lado só deixando solidão.

Acalento

A cidade se levanta quando a gente vai dormir e o brilho dos seus olhos ilumina o nosso quarto Eu conservo o momento o qual tento ser eterno Impeço qualquer movimento estático E no resto da manhã a história é contada pelo encontro dos meus ombros com o seu cabelo molhado Em ti encontrei aconchego esqueci o desespero pra dormir noite tranquila quando as luzes se apagam.

A falta

A falta que vive comigo é falta que aperta o peito que esquece que toma o tempo que não me perdoa no sono Pensei que ia embora logo fui no cinema comprei algumas coisas fiz o que eu queria sozinho a sós com a falta E só então eu percebi que a falta que aperta o peito não é falta de algo, nunca foi é falta de alguém.