Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2011

sopa de letrinhas

Imagem
Cada um de nós Bobos e covardes Cada ser humano um grande sonhador

O medo do medo

Imagem
Amélia não tinha saída Encurralada por entre suas palavras Amélia não tinha vergonha Tinha medo Amélia amada amiga dos bichos do quarto de Amélia Amélia não vive a vida, com medo Amélia acordou bem cedo e abandonou os planos do dia Amélia foi ver o sol nascer Amélia menina mulher Amélia não sabe o que quer O medo não quer mais saber de Amélia.

Des (alinhado, dobrado, mascarado)

Imagem
E vi meus melhores amigos partirem sem lágrima nos olhos amargos eu vi a esperança me deixar almejando onde eu iria chegar se o mundo queimasse minhas pontes e minhas chances de vitória e os medos que me seguram viveria eu, dias de glória? Na solidão dos meus dias carentes No silêncio, na cama, no quarto de noite quando ninguém olha meus olhos, olhando pro teto Pecando os pecados de novo e o súbito passa discreto do óbito de meus pensamentos estrelas cadentes do sono ideias que nunca mais voltam no tempo calmo do outro dia perecem memória distantes assombram os sonhos da vida esperando o inesperável da mudança inalcançável do futuro sem pé nem braço nem boca sem sorte com fé comigo.

Aberração

Imagem
A chuva que cai hoje em dia é mesma de anos atrás a chuva que apagou Roma da garras e chamas de Nero Os homens que estão por aqui são os mesmos homens de antes só que os gênios do passado são taxados hoje, de loucos A sociedade muda e os velhos pensamentos São empilhados, acumulados Nas bibliotecas municipais O velho, o novo e os anjos Choram hoje mágoas somos homens de paz vivendo em cima das desgraças A parede permanece agora não na cidade mas dentro de nossos corações Somos macacos de terno Caçadores de humanos.

Madrogada

Imagem
E tem gente que anda por aí sem saber o que está acontecendo, vou dizer o que está acontecendo, tem gente por aí se afogando em sarjeta, na sujeira da cidade sozinha, nos cantos, ao lado do sinal da rua principal. As coisas parecem tão fáceis aqui de cima, onde luz por luz brilha e encanta o olhos dos míopes espectadores, a cidade te encanta, falsa, hipócrita, ela sorri pra você, ela dança pra você igual uma prostituta barata, e sacia os seus mais sombrios desejos, seus mais mórbidos olhares, a cidade te hipnotiza. Mas perdida pelos cantos, a esperança suicida prevalece sufocada na parede dos seus olhos, ela sempre esteve por lá, sem ligar pra quem está certo ou errado, ela reza pra que um dia, você, sim você, perceba que no seu sorriso habita a chance das coisas melhorarem, do salário aumentar, ou de enfim, você poder dar pro seu pai o velho e esperado presente de Natal, prometido tantos anos atrás. E não, obviamente, você não acredita, não acredita em mais nada, objeto cético da soci