Aberração


A chuva que cai hoje em dia
é mesma de anos atrás
a chuva que apagou Roma
da garras e chamas de Nero

Os homens que estão por aqui
são os mesmos homens de antes
só que os gênios do passado
são taxados hoje, de loucos

A sociedade muda
e os velhos pensamentos
São empilhados, acumulados
Nas bibliotecas municipais

O velho, o novo e os anjos
Choram hoje mágoas
somos homens de paz
vivendo em cima das desgraças

A parede permanece
agora não na cidade
mas dentro de nossos corações

Somos macacos de terno
Caçadores de humanos.



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