Do que eu guardo

A chuva escorre com pressa
Nos vidros turvos da janela
Lavando os vestígios do tempo
Que o vento só vinha sujar

Preparo um café bem amargo
Pra resistir a tempestade
Ha quem diga que a chuva
Invade, para lavar

E que em seguida o sol
Quando então reaparece
Esquenta o agora novo
Aquece, o que sobrar

Mas logo me torno inquieto
"E se também neste processo
Acabar lavando as dores
Que não era para levar?"

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